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Luxação do ombro e instabilidade: quando o ombro “sai do lugar”

Luxação do ombro e instabilidade: quando o ombro “sai do lugar”

A luxação do ombro acontece quando a cabeça do úmero se desloca da cavidade glenoidal da escápula. É uma das articulações mais vulneráveis à luxação devido à sua ampla mobilidade e relativa instabilidade anatômica. Na maioria das vezes, o quadro está associado a traumas diretos, quedas, colisões esportivas ou movimentos bruscos.

Durante o episódio, o paciente sente dor intensa, perda imediata da mobilidade e, muitas vezes, apresenta deformidade visível no ombro. O tratamento inicial exige atendimento médico para reposicionar a articulação, procedimento chamado redução da luxação.

No entanto, após o primeiro episódio, muitos pacientes desenvolvem instabilidade do ombro, ou seja, a articulação passa a apresentar maior risco de deslocamento em situações simples — como levantar o braço, pegar um objeto no alto ou até durante o sono. Esse risco é ainda maior em pacientes jovens e em praticantes de esportes de contato.

Entre os sintomas da instabilidade estão:

  • Sensação de que o ombro “sai do lugar” em determinados movimentos
  • Dor recorrente
  • Perda de força
  • Limitação funcional em atividades do dia a dia ou esportivas

O diagnóstico precoce e a conduta individualizada são fundamentais para prevenir complicações, como lesões no lábio glenoidal, danos à cartilagem ou ao manguito rotador.

Resumo:

A luxação do ombro ocorre quando a cabeça do úmero se desloca da cavidade da escápula, geralmente após um trauma, queda ou movimento brusco. Além da dor intensa e da limitação funcional imediata, o problema pode deixar sequelas. Em muitos pacientes, surge a instabilidade, aumentando o risco de novas luxações até em situações cotidianas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações.

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Dia Mundial da Osteoporose: saúde óssea em todas as idades

Dia Mundial da Osteoporose: saúde óssea em todas as idades

O Dia Mundial da Osteoporose, celebrado em 20 de outubro, é um marco para lembrar que a saúde óssea precisa de atenção em todas as fases da vida. A osteoporose é caracterizada pela diminuição da densidade e da qualidade óssea, deixando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Embora seja mais prevalente em idosos, não é uma condição exclusiva dessa faixa etária: homens, mulheres jovens e até atletas podem ser diagnosticados, dependendo de seus fatores de risco.

Entre as principais causas estão histórico familiar, menopausa precoce, tabagismo, sedentarismo, deficiência de cálcio e vitamina D, além de certas doenças metabólicas ou uso prolongado de medicamentos como corticoides.

O grande desafio é que a osteoporose é silenciosa: muitas vezes o diagnóstico só ocorre após a primeira fratura. Por isso, exames como a densitometria óssea são fundamentais para identificar precocemente a perda de massa óssea.

A prevenção envolve hábitos saudáveis, como alimentação rica em cálcio e vitamina D, prática regular de exercícios físicos, exposição solar adequada e acompanhamento médico periódico.

Na ortopedia, especialmente em áreas como o ombro e o cotovelo, a osteoporose representa um fator de atenção no tratamento de fraturas, pois influencia diretamente nas técnicas cirúrgicas e no prognóstico.

No Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre, reforçamos que cuidar da saúde óssea é investir em qualidade de vida. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores estratégias para manter os ossos fortes em todas as idades.

Resumo:

A osteoporose é uma doença silenciosa caracterizada pela perda de densidade e qualidade óssea, aumentando o risco de fraturas. Apesar de ser mais frequente em idosos, pode atingir adultos de diferentes idades, especialmente mulheres após a menopausa e pessoas com fatores de risco. A prevenção, o diagnóstico precoce e a adoção de hábitos saudáveis são fundamentais para preservar a saúde óssea ao longo da vida.

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Dia do Fisioterapeuta: o movimento como ciência e cuidado

Dia do Fisioterapeuta: o movimento como ciência e cuidado

O Dia do Fisioterapeuta, celebrado em 13 de outubro, é uma oportunidade para reconhecer a importância desses profissionais que atuam de forma decisiva na recuperação da saúde musculoesquelética.

No cuidado ortopédico — especialmente no ombro e no cotovelo —, a fisioterapia é parte fundamental em todas as etapas do processo: desde a prevenção de lesões, passando pela reabilitação pós-operatória, até a manutenção da função e do desempenho. Na prevenção, o fisioterapeuta orienta quanto à postura, ao fortalecimento muscular e à execução correta de movimentos, reduzindo a sobrecarga articular e evitando o surgimento de lesões por esforço repetitivo.

No pós-operatório, a fisioterapia assume um papel ainda mais estratégico. Cada fase do protocolo é cuidadosamente planejada para respeitar a cicatrização tecidual, controlar a dor, recuperar a amplitude de movimento e, gradualmente, devolver a força e a estabilidade ao ombro e ao cotovelo.

Além disso, a atuação do fisioterapeuta não se restringe ao consultório ou à sala de fisioterapia. Ele acompanha o paciente no processo de retorno às atividades da vida diária, profissionais e esportivas, adaptando a carga e os exercícios de acordo com a evolução individual.

No Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre, reconhecemos e valorizamos essa parceria. No Dia do Fisioterapeuta, prestamos nossa homenagem a todos os profissionais que, com técnica, paciência e conhecimento científico, ajudam nossos pacientes a retomar o movimento e a qualidade de vida.

Resumo:

No ombro e no cotovelo, a fisioterapia é essencial em todas as fases do cuidado: prevenção, pós-operatório e manutenção funcional. O fisioterapeuta atua não apenas com protocolos técnicos, mas também com olhar individualizado, adaptando o tratamento às necessidades de cada paciente. Essa integração com a ortopedia é o que garante resultados duradouros, devolvendo autonomia, qualidade de vida e confiança ao movimento.

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Epicondilite lateral e medial: quando a dor no cotovelo vai além dos esportes

Epicondilite lateral e medial: quando a dor no cotovelo vai além dos esportes

A epicondilite lateral e medial é uma condição ortopédica caracterizada pela inflamação dos tendões que ligam os músculos do antebraço às proeminências ósseas do cotovelo. Apesar de ser mais conhecida pelos nomes populares cotovelo de tenista e cotovelo de golfista, a doença não é exclusiva de atletas.

Na prática, a epicondilite é frequentemente resultado de uso excessivo e repetitivo do punho e do antebraço, algo comum em profissionais que passam muitas horas digitando, realizando movimentos manuais repetitivos, carregando peso ou mesmo em atividades domésticas.

A epicondilite lateral afeta a região externa do cotovelo e costuma estar associada a movimentos de extensão do punho e da mão. Já a epicondilite medial envolve a região interna, frequentemente relacionada a movimentos de flexão do punho.

Os sintomas mais comuns incluem dor localizada no cotovelo, sensibilidade ao toque, dificuldade em segurar objetos ou realizar tarefas simples, como abrir um pote ou segurar o volante do carro. Em alguns casos, a dor pode irradiar pelo braço e afetar a força de preensão manual.

É importante destacar que, quando diagnosticada e tratada precocemente, a epicondilite apresenta ótimo prognóstico, permitindo ao paciente retomar suas atividades normais sem dor ou limitações significativas.

Resumo:

A epicondilite é uma inflamação nos tendões que ligam os músculos do antebraço ao cotovelo. Embora seja conhecida como cotovelo de tenista (lateral) ou cotovelo de golfista (medial), a condição não afeta apenas atletas. Ela é frequente em pessoas que realizam movimentos repetitivos no trabalho ou nas tarefas do dia a dia. Reconhecer os sintomas e buscar diagnóstico precoce é fundamental para evitar dor crônica e limitação funcional.

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Cirurgia no ombro: qual é a previsão para retornar às atividades de rotina?

Cirurgia no ombro: qual é a previsão para retornar às atividades de rotina?

O tempo de recuperação após uma cirurgia no ombro é variável e depende de fatores como o tipo de procedimento realizado, a gravidade da lesão, a condição clínica do paciente e a adesão ao tratamento fisioterapêutico.

De forma geral, atividades leves do cotidiano, como se alimentar, escrever ou usar o computador, podem ser retomadas nas primeiras semanas, conforme liberação médica. Já tarefas que exigem maior esforço físico, como carregar peso ou realizar movimentos acima da cabeça, demandam mais cautela. Em reparos do manguito rotador, por exemplo, a cicatrização completa do tendão pode levar de 4 a 6 meses.

O retorno a esportes ou atividades de alta demanda funcional costuma ultrapassar esse período, especialmente em práticas que envolvem impacto ou movimentos repetitivos do ombro.

A reabilitação fisioterapêutica é peça-chave no processo. Ela deve ser individualizada, respeitando as fases de cicatrização e priorizando a mobilidade, o fortalecimento e o controle motor.

Por isso, é fundamental que cada paciente receba um plano específico, alinhado à sua rotina e aos seus objetivos.

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É normal meu ombro estalar durante o treino?

É normal meu ombro estalar durante o treino?

Durante o treino, é comum perceber estalos ou “cliques” no ombro. Na maioria das vezes, eles são benignos, causados pelo movimento natural de tendões e ligamentos ou por pequenas bolhas de gás no líquido sinovial.

No entanto, quando o estalo vem acompanhado de dor, rigidez, instabilidade ou queda de desempenho, ele pode indicar lesões como instabilidade glenoumeral, lesões labrais ou tendinopatias.

O ideal é não ignorar sinais associados e buscar avaliação especializada para garantir diagnóstico preciso e evitar a evolução de problemas.

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Reparos do Manguito Rotador: Fatores que Influenciam o Sucesso Cirúrgico

Reparos do Manguito Rotador: Fatores que Influenciam o Sucesso Cirúrgico

O reparo do manguito rotador é um dos procedimentos mais realizados na cirurgia do ombro, indicado principalmente em casos de ruptura tendínea que comprometem a função e causam dor persistente. Embora a técnica e os recursos disponíveis tenham evoluído significativamente, o sucesso cirúrgico depende de múltiplos fatores que precisam ser considerados no planejamento e na execução do procedimento.

 

 

  • Qualidade tendínea

 

A integridade e a qualidade do tecido tendíneo estão diretamente relacionadas ao potencial de cicatrização. Tendões com boa vascularização e mínima degeneração tendem a apresentar resultados superiores no pós-operatório.
Já tendões com degeneração avançada, fibrose ou infiltração gordurosa — frequentemente avaliados por exames de imagem e pela classificação de Goutallier — apresentam maiores desafios técnicos e risco de falha na reparação.

 

  1. Tempo desde a lesão

O intervalo entre a ruptura e a cirurgia é um dos determinantes mais relevantes para o resultado. Lesões agudas, tratadas precocemente, geralmente apresentam menor retração tendínea e melhor qualidade muscular.

Lesões crônicas, por outro lado, podem levar a retração significativa e degeneração muscular irreversível, exigindo técnicas mais complexas e impactando o prognóstico.

 

  1. Técnica cirúrgica

A escolha da abordagem — artroscópica, aberta ou combinada — depende do tipo, extensão e retração da lesão. A artroscopia oferece menor agressão tecidual, melhor visualização das estruturas e recuperação mais rápida, sendo a escolha na maioria dos casos.

Em lesões complexas, abordagens abertas ou mistas podem ser necessárias para permitir reparos anatômicos seguros.

Independentemente da via, a fixação adequada do tendão à tuberosidade é essencial para estabilidade mecânica e cicatrização biológica.

 

  1. Reabilitação pós-operatória

O sucesso do reparo do manguito não se encerra na sala de cirurgia. A reabilitação é determinante para restaurar mobilidade, força e função. Protocolos devem ser individualizados, respeitando as fases de cicatrização biológica:

  • Imobilização inicial: proteção do reparo;
  • Mobilização passiva progressiva: prevenção de rigidez;
  • Fortalecimento gradual: recuperação da força e controle motor.

A adesão do paciente ao protocolo fisioterapêutico é um dos fatores mais importantes para evitar complicações e recidivas.

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Conheça o Dr. Marco Tonding

Conheça o Dr. Marco Tonding

No Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre, cada integrante carrega uma trajetória marcada por formação sólida, experiência internacional e compromisso com a excelência no atendimento.

Hoje, finalizando a nossa série especial, apresentamos o Dr. Marco Tonding, ortopedista especialista em cirurgia de ombro e cotovelo, com atuação destacada na assistência e no ensino médico.

🔹 Formado em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
🔹 Residência em Ortopedia e Traumatologia na Santa Casa de Porto Alegre
🔹 Especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo no Grupo de Ombro da Santa Casa de São Paulo
🔹 Experiência internacional com estágios em centros de referência nos EUA e na França, incluindo Campbell Clinic, Hôpital Privé Jean Mermoz, San Antonio Orthopedic Institute, Texas Orthopedic Hospital e Harvard Shoulder Service
🔹 Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC)
🔹 Preceptor da residência médica em Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Porto Alegre

Com ampla vivência clínica e acadêmica, o Dr. Marco alia conhecimento científico e habilidade cirúrgica para oferecer tratamentos de alta qualidade, sempre com foco na recuperação funcional e no bem-estar dos pacientes.

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Por que a dor no ombro e no cotovelo piora durante o inverno?

Por que a dor no ombro e no cotovelo piora durante o inverno?

Durante os meses de inverno, é comum que pacientes com histórico de lesões ortopédicas relatem aumento da dor, rigidez e desconforto nas articulações, especialmente em regiões como ombro e cotovelo. Embora muitas vezes interpretada como uma simples “sensação” causada pelo frio, essa piora tem base fisiológica e comportamental bem documentada.

 

A seguir, explicamos os principais fatores que justificam o agravamento da dor articular nessa estação.

 

  1. Redução da lubrificação articular e aumento da rigidez

 

Com a queda de temperatura, ocorre uma tendência natural à contração involuntária da musculatura e à diminuição da viscosidade do líquido sinovial, responsável por lubrificar as articulações. Isso impacta negativamente a mobilidade e aumenta a sensação de rigidez — especialmente em articulações previamente comprometidas, como nos casos de artrose, tendinopatias ou pós-operatórios.

 

A rigidez articular induzida pelo frio leva à sobrecarga de estruturas adjacentes, como tendões e bursas, potencializando microlesões e desconfortos.

 

  1. Agravamento de processos inflamatórios crônicos

 

Pacientes com quadros como tendinite do manguito rotador, epicondilite lateral ou bursite subacromial frequentemente relatam piora dos sintomas no inverno. Isso ocorre porque o frio gera vasoconstrição periférica, reduz o aporte sanguíneo local e dificulta a resolução de processos inflamatórios de baixo grau.

 

Além disso, há uma maior sensibilização dos receptores periféricos da dor (nociceptores), o que aumenta a percepção dolorosa diante de estímulos que seriam bem tolerados em outras condições.

 

  1. Sedentarismo e posturas inadequadas

 

As baixas temperaturas tendem a reduzir a prática de atividade física e aumentar o tempo em repouso, muitas vezes em posições de conforto postural inadequadas. A inatividade favorece o enfraquecimento muscular, a perda de mobilidade articular e o encurtamento de cadeias musculares, o que, por sua vez, intensifica quadros dolorosos já existentes.

 

Em pacientes em reabilitação pós-cirúrgica ou conservadora, essa interrupção na rotina de exercícios pode representar retrocessos importantes.

 

  1. Lesões prévias e o “alerta do corpo”

 

Lesões ortopédicas, mesmo após tratamento bem-sucedido, podem deixar estruturas sensibilizadas. O frio atua como um estímulo adicional para esse sistema “em alerta”, resultando em dor mesmo na ausência de novos traumas. Esse mecanismo é comum em casos de artrose glenoumeral, rupturas antigas do manguito rotador ou cirurgias prévias no cotovelo.

 

Como prevenir e controlar a dor no inverno?

 

Algumas medidas simples podem atenuar o impacto do frio sobre as articulações:

 

  • Realizar aquecimento adequado antes da atividade física;
  • Manter a regularidade nos exercícios, mesmo em ambiente fechado;
  • Evitar posturas mantidas por longos períodos (ex: frente ao computador);
  • Utilizar roupas térmicas que preservem a região dos ombros;
  • Procurar orientação médica diante da piora dos sintomas.

Em casos mais complexos ou persistentes, o acompanhamento ortopédico especializado é essencial para investigar possíveis recidivas ou evolução do quadro clínico.

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Lesão do Manguito Rotador: causas, diagnóstico e tratamentos atualizados.

Lesão do Manguito Rotador: causas, diagnóstico e tratamentos atualizados.

A lesão do manguito rotador é uma das afecções mais prevalentes do ombro, com impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e alta frequência em atendimentos ambulatoriais ortopédicos. Afeta tanto indivíduos ativos quanto idosos, sendo comum entre trabalhadores braçais, atletas e pessoas que realizam movimentos repetitivos com os braços elevados.

 

O que é o manguito rotador?

 

O manguito rotador é um complexo de quatro músculos e seus respectivos tendões — supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor — que têm a função de estabilizar dinamicamente a articulação glenoumeral e possibilitar movimentos precisos do ombro, como elevação, abdução e rotação. Por estar sujeito a forças constantes, essa estrutura é altamente suscetível a lesões tanto por sobrecarga como por degeneração tendínea progressiva.

 

Fatores de risco e causas

 

As lesões do manguito podem ser classificadas em agudas (traumáticas) e crônicas (degenerativas). Entre os principais fatores de risco estão:

 

  • Atividades com esforço repetitivo acima do nível do ombro (ex: pintores, professores, atletas de arremesso);
  • Envelhecimento natural do tecido tendíneo;
  • Impacto subacromial e alterações anatômicas da acromion;
  • Desequilíbrios musculares e má postura;
  • Doenças sistêmicas como diabetes, que afetam a vascularização tendínea.

As lesões podem ser parciais (afetando parte da espessura do tendão) ou completas (com ruptura total), com diferentes graus de retração e degeneração muscular, classificadas por critérios como Patte e Goutallier.

 

Diagnóstico clínico e por imagem

 

A suspeita clínica é estabelecida com base em anamnese detalhada e exame físico, utilizando testes específicos como:

 

  • Teste de Jobe (supraespinal);
  • Teste de Patte (infraespinal);
  • Lift-off e Belly-press (subescapular)

A confirmação diagnóstica é feita com exames de imagem:

 

  • Ultrassonografia: acessível e útil para triagem;
  • Ressonância Magnética (RM): padrão-ouro, permite avaliar extensão da lesão, retração tendínea, edema ósseo, infiltração gordurosa e envolvimento muscular.

 

Quando indicar o tratamento conservador?

 

Em pacientes com lesões parciais, de baixo grau ou com baixa demanda funcional, o tratamento não cirúrgico pode ser eficaz. Ele envolve:

 

  • Protocolos de fisioterapia com foco em fortalecimento do manguito e estabilizadores escapulares;
  • Reeducação postural e adaptação ergonômica;
  • Analgesia, anti-inflamatórios e infiltrações guiadas, se necessário.

A adesão ao tratamento e a ausência de sinais de progressão são fundamentais para o sucesso da abordagem conservadora.

 

Tratamento cirúrgico: quando é indicado?

 

A cirurgia é indicada nas seguintes situações:

 

  • Lesões completas com retração;
  • Pacientes jovens e ativos;
  • Falha do tratamento conservador após 3 a 6 meses;
  • Comprometimento funcional acentuado.

A abordagem mais utilizada é a artroscopia do ombro, que permite a reinserção tendínea com menor agressão tecidual, associada ou não a técnicas auxiliares (ténodeses, acromioplastia, reconstruções parciais). A decisão cirúrgica leva em conta também o tempo de lesão, grau de degeneração muscular e expectativas do paciente.

 

Com tratamento adequado e abordagem individualizada, a maioria dos pacientes pode alcançar bons níveis de função e qualidade de vida.

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