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É normal meu ombro estalar durante o treino?

É normal meu ombro estalar durante o treino?

Durante o treino, é comum perceber estalos ou “cliques” no ombro. Na maioria das vezes, eles são benignos, causados pelo movimento natural de tendões e ligamentos ou por pequenas bolhas de gás no líquido sinovial.

No entanto, quando o estalo vem acompanhado de dor, rigidez, instabilidade ou queda de desempenho, ele pode indicar lesões como instabilidade glenoumeral, lesões labrais ou tendinopatias.

O ideal é não ignorar sinais associados e buscar avaliação especializada para garantir diagnóstico preciso e evitar a evolução de problemas.

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Reparos do Manguito Rotador: Fatores que Influenciam o Sucesso Cirúrgico

Reparos do Manguito Rotador: Fatores que Influenciam o Sucesso Cirúrgico

O reparo do manguito rotador é um dos procedimentos mais realizados na cirurgia do ombro, indicado principalmente em casos de ruptura tendínea que comprometem a função e causam dor persistente. Embora a técnica e os recursos disponíveis tenham evoluído significativamente, o sucesso cirúrgico depende de múltiplos fatores que precisam ser considerados no planejamento e na execução do procedimento.

 

 

  • Qualidade tendínea

 

A integridade e a qualidade do tecido tendíneo estão diretamente relacionadas ao potencial de cicatrização. Tendões com boa vascularização e mínima degeneração tendem a apresentar resultados superiores no pós-operatório.
Já tendões com degeneração avançada, fibrose ou infiltração gordurosa — frequentemente avaliados por exames de imagem e pela classificação de Goutallier — apresentam maiores desafios técnicos e risco de falha na reparação.

 

  1. Tempo desde a lesão

O intervalo entre a ruptura e a cirurgia é um dos determinantes mais relevantes para o resultado. Lesões agudas, tratadas precocemente, geralmente apresentam menor retração tendínea e melhor qualidade muscular.

Lesões crônicas, por outro lado, podem levar a retração significativa e degeneração muscular irreversível, exigindo técnicas mais complexas e impactando o prognóstico.

 

  1. Técnica cirúrgica

A escolha da abordagem — artroscópica, aberta ou combinada — depende do tipo, extensão e retração da lesão. A artroscopia oferece menor agressão tecidual, melhor visualização das estruturas e recuperação mais rápida, sendo a escolha na maioria dos casos.

Em lesões complexas, abordagens abertas ou mistas podem ser necessárias para permitir reparos anatômicos seguros.

Independentemente da via, a fixação adequada do tendão à tuberosidade é essencial para estabilidade mecânica e cicatrização biológica.

 

  1. Reabilitação pós-operatória

O sucesso do reparo do manguito não se encerra na sala de cirurgia. A reabilitação é determinante para restaurar mobilidade, força e função. Protocolos devem ser individualizados, respeitando as fases de cicatrização biológica:

  • Imobilização inicial: proteção do reparo;
  • Mobilização passiva progressiva: prevenção de rigidez;
  • Fortalecimento gradual: recuperação da força e controle motor.

A adesão do paciente ao protocolo fisioterapêutico é um dos fatores mais importantes para evitar complicações e recidivas.

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Conheça o Dr. Marco Tonding

Conheça o Dr. Marco Tonding

No Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre, cada integrante carrega uma trajetória marcada por formação sólida, experiência internacional e compromisso com a excelência no atendimento.

Hoje, finalizando a nossa série especial, apresentamos o Dr. Marco Tonding, ortopedista especialista em cirurgia de ombro e cotovelo, com atuação destacada na assistência e no ensino médico.

🔹 Formado em Medicina pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)
🔹 Residência em Ortopedia e Traumatologia na Santa Casa de Porto Alegre
🔹 Especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo no Grupo de Ombro da Santa Casa de São Paulo
🔹 Experiência internacional com estágios em centros de referência nos EUA e na França, incluindo Campbell Clinic, Hôpital Privé Jean Mermoz, San Antonio Orthopedic Institute, Texas Orthopedic Hospital e Harvard Shoulder Service
🔹 Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC)
🔹 Preceptor da residência médica em Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Porto Alegre

Com ampla vivência clínica e acadêmica, o Dr. Marco alia conhecimento científico e habilidade cirúrgica para oferecer tratamentos de alta qualidade, sempre com foco na recuperação funcional e no bem-estar dos pacientes.

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Por que a dor no ombro e no cotovelo piora durante o inverno?

Por que a dor no ombro e no cotovelo piora durante o inverno?

Durante os meses de inverno, é comum que pacientes com histórico de lesões ortopédicas relatem aumento da dor, rigidez e desconforto nas articulações, especialmente em regiões como ombro e cotovelo. Embora muitas vezes interpretada como uma simples “sensação” causada pelo frio, essa piora tem base fisiológica e comportamental bem documentada.

 

A seguir, explicamos os principais fatores que justificam o agravamento da dor articular nessa estação.

 

  1. Redução da lubrificação articular e aumento da rigidez

 

Com a queda de temperatura, ocorre uma tendência natural à contração involuntária da musculatura e à diminuição da viscosidade do líquido sinovial, responsável por lubrificar as articulações. Isso impacta negativamente a mobilidade e aumenta a sensação de rigidez — especialmente em articulações previamente comprometidas, como nos casos de artrose, tendinopatias ou pós-operatórios.

 

A rigidez articular induzida pelo frio leva à sobrecarga de estruturas adjacentes, como tendões e bursas, potencializando microlesões e desconfortos.

 

  1. Agravamento de processos inflamatórios crônicos

 

Pacientes com quadros como tendinite do manguito rotador, epicondilite lateral ou bursite subacromial frequentemente relatam piora dos sintomas no inverno. Isso ocorre porque o frio gera vasoconstrição periférica, reduz o aporte sanguíneo local e dificulta a resolução de processos inflamatórios de baixo grau.

 

Além disso, há uma maior sensibilização dos receptores periféricos da dor (nociceptores), o que aumenta a percepção dolorosa diante de estímulos que seriam bem tolerados em outras condições.

 

  1. Sedentarismo e posturas inadequadas

 

As baixas temperaturas tendem a reduzir a prática de atividade física e aumentar o tempo em repouso, muitas vezes em posições de conforto postural inadequadas. A inatividade favorece o enfraquecimento muscular, a perda de mobilidade articular e o encurtamento de cadeias musculares, o que, por sua vez, intensifica quadros dolorosos já existentes.

 

Em pacientes em reabilitação pós-cirúrgica ou conservadora, essa interrupção na rotina de exercícios pode representar retrocessos importantes.

 

  1. Lesões prévias e o “alerta do corpo”

 

Lesões ortopédicas, mesmo após tratamento bem-sucedido, podem deixar estruturas sensibilizadas. O frio atua como um estímulo adicional para esse sistema “em alerta”, resultando em dor mesmo na ausência de novos traumas. Esse mecanismo é comum em casos de artrose glenoumeral, rupturas antigas do manguito rotador ou cirurgias prévias no cotovelo.

 

Como prevenir e controlar a dor no inverno?

 

Algumas medidas simples podem atenuar o impacto do frio sobre as articulações:

 

  • Realizar aquecimento adequado antes da atividade física;
  • Manter a regularidade nos exercícios, mesmo em ambiente fechado;
  • Evitar posturas mantidas por longos períodos (ex: frente ao computador);
  • Utilizar roupas térmicas que preservem a região dos ombros;
  • Procurar orientação médica diante da piora dos sintomas.

Em casos mais complexos ou persistentes, o acompanhamento ortopédico especializado é essencial para investigar possíveis recidivas ou evolução do quadro clínico.

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Lesão do Manguito Rotador: causas, diagnóstico e tratamentos atualizados.

Lesão do Manguito Rotador: causas, diagnóstico e tratamentos atualizados.

A lesão do manguito rotador é uma das afecções mais prevalentes do ombro, com impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e alta frequência em atendimentos ambulatoriais ortopédicos. Afeta tanto indivíduos ativos quanto idosos, sendo comum entre trabalhadores braçais, atletas e pessoas que realizam movimentos repetitivos com os braços elevados.

 

O que é o manguito rotador?

 

O manguito rotador é um complexo de quatro músculos e seus respectivos tendões — supraespinal, infraespinal, subescapular e redondo menor — que têm a função de estabilizar dinamicamente a articulação glenoumeral e possibilitar movimentos precisos do ombro, como elevação, abdução e rotação. Por estar sujeito a forças constantes, essa estrutura é altamente suscetível a lesões tanto por sobrecarga como por degeneração tendínea progressiva.

 

Fatores de risco e causas

 

As lesões do manguito podem ser classificadas em agudas (traumáticas) e crônicas (degenerativas). Entre os principais fatores de risco estão:

 

  • Atividades com esforço repetitivo acima do nível do ombro (ex: pintores, professores, atletas de arremesso);
  • Envelhecimento natural do tecido tendíneo;
  • Impacto subacromial e alterações anatômicas da acromion;
  • Desequilíbrios musculares e má postura;
  • Doenças sistêmicas como diabetes, que afetam a vascularização tendínea.

As lesões podem ser parciais (afetando parte da espessura do tendão) ou completas (com ruptura total), com diferentes graus de retração e degeneração muscular, classificadas por critérios como Patte e Goutallier.

 

Diagnóstico clínico e por imagem

 

A suspeita clínica é estabelecida com base em anamnese detalhada e exame físico, utilizando testes específicos como:

 

  • Teste de Jobe (supraespinal);
  • Teste de Patte (infraespinal);
  • Lift-off e Belly-press (subescapular)

A confirmação diagnóstica é feita com exames de imagem:

 

  • Ultrassonografia: acessível e útil para triagem;
  • Ressonância Magnética (RM): padrão-ouro, permite avaliar extensão da lesão, retração tendínea, edema ósseo, infiltração gordurosa e envolvimento muscular.

 

Quando indicar o tratamento conservador?

 

Em pacientes com lesões parciais, de baixo grau ou com baixa demanda funcional, o tratamento não cirúrgico pode ser eficaz. Ele envolve:

 

  • Protocolos de fisioterapia com foco em fortalecimento do manguito e estabilizadores escapulares;
  • Reeducação postural e adaptação ergonômica;
  • Analgesia, anti-inflamatórios e infiltrações guiadas, se necessário.

A adesão ao tratamento e a ausência de sinais de progressão são fundamentais para o sucesso da abordagem conservadora.

 

Tratamento cirúrgico: quando é indicado?

 

A cirurgia é indicada nas seguintes situações:

 

  • Lesões completas com retração;
  • Pacientes jovens e ativos;
  • Falha do tratamento conservador após 3 a 6 meses;
  • Comprometimento funcional acentuado.

A abordagem mais utilizada é a artroscopia do ombro, que permite a reinserção tendínea com menor agressão tecidual, associada ou não a técnicas auxiliares (ténodeses, acromioplastia, reconstruções parciais). A decisão cirúrgica leva em conta também o tempo de lesão, grau de degeneração muscular e expectativas do paciente.

 

Com tratamento adequado e abordagem individualizada, a maioria dos pacientes pode alcançar bons níveis de função e qualidade de vida.

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Apresentando o especiaista: Dr. Fernando Mothes

Apresentando o especiaista: Dr. Fernando Mothes

O cuidado com o ombro e o cotovelo exige preparo técnico, visão global da ortopedia e atualização constante. E o Dr. Fernando Mothes é um dos grandes nomes dessa trajetória no sul do Brasil.

 

Hoje, seguimos a série especial que apresenta os especialistas do Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre. O destaque é para o Dr. Fernando Mothes, médico ortopedista, professor e coordenador do grupo.

 

🔹 Formado pela Universidade de Ciências da Saúde de Porto Alegre, com residência em Ortopedia e Traumatologia na Santa Casa de Porto Alegre e especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo;
🔹 Diversos estágios internacionais com nomes como Dr. Stephen Burkhart, Dr. Gilles Walch, Dr. Christian Gerber e outros;
🔹 Coordenador do Grupo de Cirurgia do Ombro da Santa Casa de Porto Alegre, professor convidado de Ortopedia e Traumatologia da UFCSPA, e membro da SBOT e da SBCOC.

 

Com sólida experiência clínica e formação internacional, o Dr. Mothes segue contribuindo para o avanço da ortopedia no país, e principalmente para a excelência no cuidado com a mobilidade de seus pacientes.

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Dia Nacional da Saúde

Dia Nacional da Saúde

A saúde que defendemos vai além da ausência de doenças. Ela exige ciência, responsabilidade e uma atuação colaborativa entre especialidades.

 

Neste Dia Nacional da Saúde, destacamos a importância da medicina comprometida com a atualização científica, a ética profissional e a integração entre equipes multiprofissionais.

 

É esse o compromisso que move diariamente o nosso grupo, dentro de uma das instituições hospitalares mais tradicionais do país.

 

📍 Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre

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Equipe do Grupo do Ombro

Equipe do Grupo do Ombro

Excelência no atendimento, técnicas modernas baseadas em protocolos científicos e reabilitação completa. Esses são alguns dos pilares que norteiam o trabalho do Grupo de Cirurgia do Ombro da Santa Casa de Porto Alegre. 

 

Com uma equipe multidisciplinar composta por ortopedistas, fisioterapeutas e anestesistas altamente qualificados, atuamos de forma integrada para oferecer diagnósticos precisos, cirurgias seguras e protocolos de recuperação personalizados. 

 

Nossa missão é clara: devolver mobilidade, funcionalidade e qualidade de vida aos nossos pacientes.

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3 sinais de alerta que podem indicar osteoartroses no ombro

3 sinais de alerta que podem indicar osteoartroses no ombro

A osteoartrose é uma doença degenerativa que afeta a cartilagem das articulações.

Com o tempo, essa cartilagem se desgasta, provocando atrito entre os ossos e causando dor e limitação de movimentos. 

É mais comum após os 50 anos, mas também pode surgir em pessoas mais jovens.

Nos estágios iniciais, o tratamento pode incluir medicação para dor e inflamação, fisioterapia para fortalecimento e mobilidade e mudanças nos hábitos e atividade física supervisionada. Em casos mais avançados, quando a dor e a rigidez comprometem a qualidade de vida, pode ser indicada a artroplastia, ou seja, a colocação de uma prótese na articulação afetada.

A artroplastia do ombro ou do cotovelo é uma cirurgia segura e eficaz para restaurar a função, reduzir a dor e devolver a autonomia aos pacientes. 

Quando feita no momento certo, a prótese pode transformar a vida do paciente — devolvendo qualidade de vida e movimento com segurança.

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Conheça o especialista: Dr. Almiro Britto

Conheça o especialista: Dr. Almiro Britto

O cuidado com o ombro e o cotovelo vai muito além da cirurgia. Envolve escuta, planejamento individualizado e uma equipe comprometida em devolver mobilidade e qualidade de vida aos pacientes.

 

Hoje, seguimos a série especial que apresenta os especialistas do Grupo de Cirurgia do Ombro e Cotovelo da Santa Casa de Porto Alegre. E o destaque é o Dr. Almiro Britto, ortopedista com ampla formação na área e foco na excelência do atendimento.

 

🔹 Médico ortopedista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), com residência médica em Ortopedia e Traumatologia e especialização em Cirurgia do Ombro e Cotovelo.

🔹 Mestre em Ciências Cirúrgicas pela UFRGS.

🔹 Atualmente, é médico assistente do Serviço de Cirurgia do Ombro da Santa Casa e professor da disciplina de Ortopedia e Traumatologia da UFRGS.

 

Com sólida experiência clínica, atuação acadêmica e participação ativa em pesquisas e congressos, o Dr. Almiro alia conhecimento técnico com um olhar atento às necessidades de cada paciente.

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